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sábado, 16 de julho de 2011

Probióticos 1: Conservas de leite

coisinhas azedas do bem

Por mais tecnológico que esteja o mundo, algumas tradições
bem antigas se mantêm intactas. Uma delas é produzir e consumir
alimentos conservados ou transformados através da
fermentação lática, como pão, vinho, cachaça, cerveja, chocolate,
coalhada, queijo, mostarda, chucrute, missô, picles e outras
felicidades do paladar.

Japoneses comem diariamente vários tipos de conserva. Missô
e shoyu, na sopa e nos vegetais, substituem o sal e fazem parte
da rotina; são resultado de soja fermentada. Nabo em conserva
também é diário, no final da refeição, para limpar o tubo digestivo
junto com o chá quente. Eles se protegem especialmente
com a ameixinha salgada chamada umeboshi. Que é muito ácida
ao natural, mas fica um ano e meio de molho em seu próprio
caldo, com sal, e então pode ser usada contra indisposição, dor
de cabeça, de garganta, de barriga. Comeu ou bebeu demais?
A gripe está encostando? Seu poder desintoxicante já salvou
muitas vidas. Além disso, é um excelente tempero em saladas.

Sólidas ou líquidas, as conservas dão show. Mantêm todas as
vitaminas do alimento cru e suas enzimas, que ajudam em todos
os processos de transformação da comida, e promovem o crescimento
de lactobacilos, bactérias simpáticas que limpam os
intestinos e dão qualidade à flora, aumentando a imunidade.
Em suma: certas conservas botam ordem no corpo. E o melhor
de tudo? É que a gente gosta.

Coalhada e iogurte, por exemplo, quase todo mundo adora. Ao
natural, o leite de vaca costuma causar uma série de problemas
digestivos e alergias, além de ser produzido com hormônios e
antibióticos; mas é só fermentar que ele se torna benéfico para
a maior parte das pessoas, se consumido com moderação.

Chucrute, feito de repolho fermentado com sal, outra preciosidade.
Poderoso alimento e remédio há milênios, é hoje reconhecido
pela medicina como agente decisivo contra câncer, diabetes e
outras doenças crônicas e degenerativas. Combate fungos.

Comer vegetais em conserva caseira é uma forma muito boa de
equilibrar qualquer tipo de alimentação, especialmente a mais
pesada. Não é por acaso que salsichas são servidas tradicionalmente
com mostarda e ketchup, ambos conservas.

Mas há um pequeno detalhe que faz a diferença: os processos
industriais quase sempre eliminam a fermentação viva, e sem
ela o valor medicinal é zero. Pior: vinagre de álcool e aditivos
químicos, como corantes e conservantes, agridem o organismo
e destroem a flora intestinal. Ou seja, bom é fazer as conservas
em casa. Com produtos orgânicos, já que aditivos químicos
muitas vezes sabotam a fermentação.

É simples? Bastante. Fácil? Também. Onde é que pega? No
fato de que as coisas nem sempre saem tão bem quanto da vez
anterior. A boa conserva é fruto do encontro perfeito entre os
ingredientes, o tempo, a temperatura, a luz, o sal, o fermento, a
pessoa, a vasilha e os imprevistos.

Meia dúzia de vidros de boca larga, com tampa; meio metro de
filó; dois ou três paninhos de fralda; elásticos ou barbantes: eis
o equipamento básico.

Ah, e uma boa chaleira para ferver bastante água e esterilizar
bem todos os vidros.

conservas de leite
O leite é riquíssimo em açúcar, no caso lactose, e bactérias amam
açúcar, portanto leite é seu paraíso. Toda cultura tem um leite
fermentado. O sabor varia conforme os micróbios da região, no
caso do leite cru, e da semente que se transmite de mão em
mão, como é o caso dos grãos do kefir caucasiano, do tara
tibetano, do koumiss russo, do iogurte iugoslavo que se espalhou
pela Ásia Menor e pela Europa. Cá na terra é natural a
coalhada, trazida pelos portugueses, bem como as vacas leiteiras
que não existiam por aqui. O leite de cabras e ovelhas
também pode ser fermentado, geralmente com vantagens em
termos de digestão, assimilação e pureza, pois é mais comum
seu tratamento ser orgânico.

Frank Kosikowski, cientista alimentar da Cornell Univesity, EUA,
classifica o leite fermentado em quatro tipos. O primeiro apresenta
fermentação dupla: lática e alcoólica, inclui kefir e koumiss.
O segundo é altamente ácido, geralmente só com Lactobacillus
bulgaricus. O terceiro é medianamente ácido, produzido só com
Lactobacillus acidophilus, que acidifica lentamente e pouco. O
quarto é pouco ácido, caso da coalhada e do creme azedo.

Hoje em dia a maior parte das sementes de iogurte combina
pelo menos duas bactérias diferentes – uma altamente ácida e
outra baixa, que modera a acidez do produto final.

coalhada
Uma tigela de leite cru, orgânico, largada na pia, acidifica naturalmente
sob a ação de bactérias como Streptococcus lactis e
S. cremoris, e vira coalhada. Mais ou menos assim: o leite começa
a se degradar pela ação de suas próprias bactérias,
fazendo o soro se desprender da caseína, a proteína do leite,
que coagula; no coágulo se desenvolvem lactobacilos que se
alimentam da lactose e produzem ácido lático, que age como
conservante das proteínas do leite e demais nutrientes, o que
inclui preciosas enzimas. Esse leite não pasteurizado produz por
si os lactobacilos acidófilos que vão predominar na coalhada,
neutralizando outras bacté-rias e micróbios. É isto que continuarão
fazendo no tubo digestivo.

O creme que se junta na superfície é delicadamente azedo, o
famoso creme fraiche francês. Uma iguaria.
coalhada de leite cru, orgânico
deixar o leite em vasilha de louça ou vidro, coberto por um pano,
até coalhar. Isso pode levar de 24 a 72 horas, dependendo do
clima e da temperatura. O leite faz tudo sozinho: coagula,
fermenta, vira coalhada, soro e queijo.

1 litro de leite = 1 litro de coalhada (com soro)
coalhada de leite pasteurizado
é preciso usar como fermento um pouco de coalhada ou iogurte
prontos que tenham lactobacilos vivos.
1 litro de leite de vaca ou cabra
1/2 xícara de coalhada ou iogurte

Quando ambos estiverem na temperatura ambiente, misture em
vasilha de louça ou vidro, cubra com um pano e deixe fermentar
de 12 a 24 horas.

A coalhada fica pronta quando o leite está coagulado, o soro já
aparecendo nas beiradas, e o sabor é levemente ácido.
Pode transferir para recipientes menores, de vidro com tampa.

iogurte
O iogurte é leite quase fervido e acidificado por bactérias de
proliferação controlada, como Streptococcus thermophilus, Lactobacillus
yogurtii, L. bulgaricus, L. acidophillus e L. bifidus.

Você pode comprar no comércio se na embalagem estiver escrito
“contém lactobacilos vivos”, ou fazer em casa com leite comum
e lactobacilos em pó encontráveis em lojas de produtos naturais.
Se preferir comprar nos Estados Unidos, onde esses produtos
são muito baratos, procure por yogurt starter.

iogurte caseiro
1 litro de leite, cru ou pasteurizado, de vaca ou cabra
1/2 xícara de bom iogurte, ou
1 pacotinho de Bio Rich ou outra marca de fermento

Leve o leite ao fogo, mexendo sempre para não grudar na panela,
até ele se agitar mostrando que vai ferver; apague o fogo e deixe
o leite arrefecer até mais ou menos 42-45oC.

Se você não tem um termômetro, pode medir a temperatura com
o dedo: o leite deve estar nem tão quente que queime o dedo,
nem tão morno que possa mexê-lo. Ou seja, na temperatura
chamada esperta. Nessa hora é que você vai misturar meia xícara
de iogurte pronto ao novo leite.

Se for usar lactobacilos em pó: dissolva à parte com um pouco
do leite morno; misture ao restante mexendo bem para dissolver
totalmente e disponha em uma vasilha grande ou várias pequenas.

Tempo de fermentação ideal: 24 horas. As iogurteiras elétricas
dizem 8 horas – nem sempre suficientes para a transformação
total da lactose. Fora delas, tem que manter o leite morninho no
forno pré-aquecido, em caixa de isopor ou garrafa térmica.

A quase fervura do leite serve para eliminar as bactérias naturais,
reduzindo a competição com os lactobacilos, e dá ao iogurte
uma textura considerada melhor.

o sabor é azedo mesmo
Porque o ácido lático, como diz o nome, é ácido, azedo. Mesmo
quem a princípio não gosta acaba se acostumando.
Seja coalhada ou iogurte, é para tomar sempre de estômago
vazio, sem misturar com outros alimentos e sem adoçar, a não ser
com estévia.

tomar à temperatura ambiente
Produtos do leite, mesmo fermentados, são de natureza fria e
costumam produzir umidade e muco; se estiverem gelados ainda
roubarão calor do corpo. Morninhos ou à temperatura ambiente
são mais benéficos. Por isso, tire da geladeira o que vai tomar
pelo menos duas horas antes; se não der tempo, coloque em
banho-maria – dentro de uma caneca, em água bem quente, o
fogo apagado, por 2 ou 3 minutos apenas, mexendo com uma
colher até amornar.

temperos picantes neles
Canela, cravo, noz-moscada, gengibre, cúrcuma, cominho,
pimenta-do-reino, cardamomo, zimbro, cebolinha-verde, alho,
mostarda: todos são usados para ajudar na digestão dos laticínios.

queijo de coalhada / boursin | DIETA SUAVE
Forre uma vasilha com um pano de prato ou fralda. Despeje a
coalhada, junte as quatro pontas de pano e amarre, torcendo um
pouquinho. Pendure sobre a vasilha para continuar colhendo o
soro, ou pouse sobre uma peneira, coador, funil ou qualquer
outra coisa furada que não seja de alumínio. Depois de algumas
horas, terá um queijinho caseiro de fermentação leve, rico em
lactobacilos, que pode ser usado enquanto estiver fresco.
Conserva-se por mais tempo com sal e ervas, coberto por azeite
virgem de oliva.

Quando comer, fique de olho nos sintomas. Podem piorar.

soro de coalhada ou iogurte
Quando o leite é acidificado, suas proteínas sólidas se aglutinam
e as solúveis ficam no soro, o líquido meio transparente que se
separa do coalho – naturalmente ou por drenagem, como na
receita do queijo, acima. As proteínas do soro são mais fáceis de
digerir e já vêm com cadeias ramificadas de aminoácidos, prontos
para reconstruir músculos, por isso é que os atletas adoram.

O melhor modo de consumir o soro é bebê-lo ao natural, para
obter lactobacilos e enzimas. Não obstante, em muitos países se
faz sopa cozinhando vegetais, como batata e abóbora, no soro.
Ele é um ótimo tempero ácido para saladas, vegetais crocantes e
cereais germinados ou cozidos. Uma de suas melhores virtudes é
dar mais qualidade às conservas de vegetais.

a seguir: conservas de vegetais e frutas

59 comentários:

Paulandre disse...

Que delícia de post. Como mineiro tenho o vício da lactose, ms quero consumir com saúde! Um banquete as receitas...obrigado e saúde a todos!

Érima de Andrade disse...

Umeboshi é uma delícia! Uso com frequência Sonia. E tb faço o yogurte em casa com o Bio rich, mas a minah yogurteira não é elétrica, e na verdade uam caixa térmica. Deixo a noite toda e saboreio de manhã. Valeu as dicas! Nubca pensaria em tempera-lo! bjs

MaFê Senger disse...

Noite, Sonia,

e a cerveja?

BeijOM,

Kenia Bahr disse...

Estou tendo várias experiências com o kefir de leite. Não sei se é algum problema com a minha cultura, mas fica ácido demais pra mim. Meu estômago é bem sensível e dói quando tomo, por isso não tenho tomado puro. O soro que se separa é lindo e o cheiro ótimo, mas também acho muito ácido. Tenho usado para fazer as conservinhas (nabo, repolho...), ficam com ótimo sabor, espero que cumpra bem seu trabalho probiótico.

De qualquer forma, vou comprar o bio rich para testar, quem sabe me adapto melhor. Vou trocar o leite de vaca pelo de cabra também, vamos ver no que dá.

Para sua informação, Sonia, seus sites estão sendo muito discutidos no grupo Fazendo_kefir do Yahoo. Recebo as mensagens deles e estão em uma discussão interessante sobre candidíase e açúcar, postando suas experiências.

Beijo grande

Vanessa disse...

Voce foi sensacional!!! Este post eh extremamente esclarecedor.
Obrigadissima!

Unknown disse...

Olá Sônia!
Como sempre, seus posts são ótimos. Esse então me ajudou muito. Mas tenho uma dúvida: sempre que faço iogurte ele fica viscoso e eu não gosto muito, assim, tenho feito mais coalhada que é uma tradição da família.
Existe alguma maneira de tirar a viscosidade do iogurte, deixar ele mais firme, 'quebrando' naturalmente? Se vc conhece, poderia ensinar?
Grata,
Talita

Kenia Bahr disse...

Oi Talita, vou só dar um exemplo: quando eu fazia iogurte sem deixar o leite quase ferver, ficava viscoso também. Acho que alguma bactéria influencia, alterando a consistência, não tenho certeza, se estiver errada, por favor alguém me corrija. Sei que depois que comecei a fazer com o biorich e seguindo as instruções da Sonia, fica perfeito. Depois de 24 horas coloco na geladeira, separa um pouco o soro e o iogurte fica perfeitamente firme, como vc disse, 'quebrando' naturalmente, quase com a consistência de um danoninho.

Sonia Hirsch disse...

Valeu, Kenia, leitora atenta ;-)

Kenia Bahr disse...

É nóis! :D

Anônimo disse...

Sonia,
Finalmente entendi a diferença entre coalhada e iogurte.Simples assim...
Depois de procurar tanto, achava que era apenas um problema de nomenclatura para mesma coisa!

Obrigada pelo Post!
Cris Stein

Anônimo disse...

Sonia, boa tarde.

A senhora poderia falar um pouco sobre dificuldade de absorção alimentar. Peço isso porque sou magra e não consigo aumentar meu peso de jeito algum. Até musculação já fiz e nada. Tenho 44 Kg em 1,67m. Sei que tenho candidíase e estou iniciando a dieta suave. O que mais poderia me ajudar.

Obrigada.

Beatriz disse...

Amei ter conhecido este blogue, pois estou com infecção urinaria e peguei algumas dicas pra ter maior imunidade às doenças por bactérias e fungos.
Se tiver mais outros trabalhos referentes à infecção urinária, gostaria de conhecer.
Abraços e sucesso.

Sonia Hirsch disse...

Sobre a magreza, Anônima, pode ser uma característica do seu metabolismo ou uma verminose crônica. Há vermes especializados em sugar B12, por exemplo. Por isso um dos primeiros passos para se livrar da candidíase crônica é tratar dos vermes. Um abraço!

Sobre infecção urinária, Beatriz: a Escherichia coli, que quase sempre é responsável pela infecção, vive no intestino e só passa para as vias urinárias quando há contato da vulva com material fecal. Por isso a boa limpeza é tão importante após a evacuação. Vale lencinho úmido e garrafinha de água no banheiro, ou ducha, ou bidê.

Mais umunidade se consegue com uma boa alimentação, exercícios, vida afetiva, sono reparador, lazer... né? Um abraço!

Kenia Bahr disse...

Sonia, você já ouviu sobre umas bolinhas massudas cor de creme que aparecem nessas dobras da mucosa da garganta? Têm um cheiro ruim, mas que nem sempre é perceptível e se descolam facilmente quando aperta-se com os dedos a mucosa. Não vem associadas com dores de garganta, nem mesmo irritação. Aparecem aparentemente sem motivo (ou posso não estar vendo motivo por cegueira)e médicos não chegam a um consenso sobre isso (uns dizem que é alergia, outros que são restos de alimentos com bactérias). Você acha que pode ter a ver com candidíase ou com qualquer outro monstrinho?

Bjs

Sonia Hirsch disse...

Oi, Kenia, nunca ouvi falar disso. bjs

Dona Coisinha disse...

Oi Sonia! Oi Kenia!,
Olha, essas "bolinhas" tb me intrigavam e do q andei me informando elas tem diversas causas. Primeiro vc tem q cuidar para fazer uma boa higiene da língua. Outra coisa são os alimentos q vc ingere. Observe se vc mudou algo na alimentação.
Mas o principal seria o stress. Notei q quando comecei a lidar melhor com as situações difíceis as bolinhas simplesmente sumiram. Mas se alguém souber algo mais concreto tb gostaria de saber. abraços!

Kenia Bahr disse...

Oi, Dona Coisinha! Puxa, obrigada pelas informações! Tenho tentado observar, vou começar a anotar qdo elas aparecem e tentar fazer as relações. A dica do stress é boa, nunca tinha pensado nisso.

Beijos

Kátia Metello disse...

Querida Sônia, desde maio estamos morando num sítio aqui em Petrópolis. Pode me passar uma dica de onde conseguir leite cru por aqui, ou mesmo um iogurt de qualidade? Estamos aqui agora iniciando uma horta orgânica e em breve teremos nossas galinhas poedeiras - uma benção pode viver aqui com minhas menininhas! Adoro vc, seus livros são uma delícia de ler! Mil beijos! Kátia Metello

Sonia Hirsch disse...

Oi, Katia, não sei dizer. Quando fiz as experiências para o Candidíase, consegui leite cru com caseiros de sítios próximos que vinham trabalhar no condomínio onde moro. No comércio, desconheço. Um abraço!

Anônimo disse...

Oi Sonia, tudo bem?
Estava pesquisando um pouco mais sobre a candidíase e li isso aqui:


* A EPIDEMIA EQUIVOCADA
Estaremos entendendo e fazendo TUDO ERRADO...!!?

http://candidabranca.blogspot.com/

Você já leu algo sobre isso? Estava tão disciplinado e comendo pouco açucar e frutas, e muitos legumes, peixes e ovos... Fiquei meio sem saber se estava no caminho certo...

Um abraço,

Rodrigo

Sonia Hirsch disse...

Oi, Rodrigo, também não sei dizer se você estava ou está no caminho certo. A pesquisa da Angela é muito boa e ela se entusiasmou com esse viés, mas eu não tenho conhecimento suficiente para avaliar o que é apresentado como argumento - e, tendo tido candidíase desde a infância (regada a açúcar, antibióticos, extração de amígdalas), fez enorme diferença adotar a dieta que acabei publicando no livro objeto deste blog. Mas tudo depende da pessoa, sua história, constituição, crenças. O jeito é você experimentar e tirar suas próprias conclusões. Um abraço!

Leonardo Araújo disse...

Poxa, fiquei assustado e confuso quando fui conferir essa referência mencionada por Rodrigo. Tenho candidiase crônica, coisa terrível, o pior é q ninguém em sua volta consegue compreender a gravidade dessa doença, acham essa dieta um frescura, coisa e tal. Médico nenhum consegue chegar numa conclusão, até minha mãe é difícil de entender, todos acham q médico resolve e diagnóstica tudo, isso pq eu tb achava.
Só sei q qnd consigo dá prosseguimento a essa dieta sugerida por Sônia, noto q consigo uma pequena melhora. Agora, fiquei todo confuso q essa nova informação.
Sônia, vc tem informação dos males causados qnd essa praga atinge a corrente sanguínea? E fato q depois disso não conseguimos mais nos livrar dela? Leva a morte?

Leonardo Araújo disse...

Poxa, fiquei assustado e confuso quando fui conferir essa referência mencionada por Rodrigo. Tenho candidiase crônica, coisa terrível, o pior é q ninguém em sua volta consegue compreender a gravidade dessa doença, acham essa dieta um frescura, coisa e tal. Médico nenhum consegue chegar numa conclusão, até minha mãe é difícil de entender, todos acham q médico resolve e diagnóstica tudo, isso pq eu tb achava.
Só sei q qnd consigo dá prosseguimento a essa dieta sugerida por Sônia, noto q consigo uma pequena melhora. Agora, fiquei todo confuso q essa nova informação.
Sônia, vc tem informação dos males causados qnd essa praga atinge a corrente sanguínea? E fato q depois disso não conseguimos mais nos livrar dela? Leva a morte?

Leonardo Araújo disse...

Poxa, fiquei assustado e confuso quando fui conferir essa referência mencionada por Rodrigo. Tenho candidiase crônica, coisa terrível, o pior é q ninguém em sua volta consegue compreender a gravidade dessa doença, acham essa dieta um frescura, coisa e tal. Médico nenhum consegue chegar numa conclusão, até minha mãe é difícil de entender, todos acham q médico resolve e diagnóstica tudo, isso pq eu tb achava.
Só sei q qnd consigo dá prosseguimento a essa dieta sugerida por Sônia, noto q consigo uma pequena melhora. Agora, fiquei todo confuso q essa nova informação.
Sônia, vc tem informação dos males causados qnd essa praga atinge a corrente sanguínea? E fato q depois disso não conseguimos mais nos livrar dela? Leva a morte?

Sonia Hirsch disse...

Oi, Leonardo, não é bem assim, a praga não faz nada que você de fato não queira - a menos que esteja imunodeprimido. Mas aí, sinto muito, qualquer bobagem mata.

Melhorar a alimentação faz bem a todo mundo. A pesquisa/dieta que venho fazendo desde 93 só mostra bons resultados, em mim e na torcida do Flamengo, no Brasil e no exterior, com pequeníssimas variações individuais/culturais. E só respondo por ele. Se quiserem desanimar, não dou força. Falô? Abraços!

Janis disse...

E eu tô nessa, junto c as torcidas todas!
Enfrentei problemas c candidiase desde criança e as mudanças na minha alimentação só tem me trazido benefícios.
Agradeço muito a vc, Sônia, pelas suas receitas, pela sua capacidade de doar-se, pela sua criatividade, pela alegria e leveza contida nos seus textos, estejam eles nos livros (tenho 6) ou aqui.
Abçs e luz!

SMH disse...

Sonia, vacilei e morguei em vez de ficar ESPERTA . A maledeta me infestou novamente, só que dessa vez nos "países baixos". Voltei pra radical em caracter urgente e como esperado tive uma piora circunstâncial logo no início e sabe o que me deu alívio IMEDIATO n desconforto ?? Iogurte natural, 25ml aplicado via seringa na vagina. Depois impregnei um OB com iogurte e usei por 3 horas. GENTE ISSO ACABOU COM A COCEIRA NA HORA !!! Eu não acreditava quando vi aquela agonia acabar em segundos.

Continuo na dieta radical e vou me atentar pra não cair em tentacões de novo !

Beijos

Ps.: Gostei do novo lay out do site !

Sonia Hirsch disse...

Mas se cair, do chão não passa... ;-)

Anônimo disse...

Boa tarde. Sonia, a senhora poderia me ensinar como se separa o soro do restante do iogurte. Quero usá-lo para fazer algumas conservas.

Obrigada.

Sonia Hirsch disse...

Bom dia! Em geral soro se separa sozinho do iogurte no processo de fermentação, dependendo da cultura utilizada. Caso o seu não se separe, experimente deixar o leite coalhar naturalmente e aí terá o soro.

Fernanda disse...

Oi Sonia, é, estou na mesma saia justa da colega, ou é soh ansiedade? Meu leite cru esta la largado na pia ja ha quase 72h e agora ele virou uma espécie de pasta assim meio solidificada com o crème fraîche por cima... ai eu te pergunto: o soro ainda vai "se soltar" dessa massa? E o crème fraîche, pode misturar com o resto da coalhada na hora de servir, ou joga fora? Alias, essa é uma outra coisa que não sei: na hora de guardar a coalhadinha na geladeira, guarda tudo junto? Digo o soro, a coalhada em si e esse creme amarelo de cima? Muito obrigada, querida, pelas infinitas ajudas e dicas!

Fernanda disse...

Bom, vou aproveitar que esta muito cedo ai no Brasil e que você provavelmente ainda esta dormindo, para encaixar essa outra pergunta: a mostarda de dijon, mesmo a bio, é a evitar, Sonia? Eu adoro! Sobretudo com as carnes! Hihihi!

Sonia Hirsch disse...

Oi, Fernanda, seu leite cru é orgânico? Ou melhor, é cru mesmo ou é apenas um leite comum não fervido? Porque o leite comum recebe conservantes, e aí pode não coalhar, sinto muito. Até mesmo formol é adicionado no caminho. Para não azedar. Não azeda...

O creme fraiche, no caso, não tem bom sabor. Experimente o seu. Não, não entra na dieta da cândida. Só o lácteo que tem lactobacilos vivos é que pode. Um abraço!

Sonia Hirsch disse...

Que eu saiba, a mostarda preparada sempre leva vinagre ou algum destilado: não pode. Mas ralar um pouquinho de raiz-forte por cima, tudo bem.

Fernanda disse...

Não, é leite cruzão mesmo, e biologico, super artesanal. Então eu separo aquela espécie de nata amarela de cima e descarto, guardando so a massa e o soro, né? Vou fazer isso e te dou noticias! Beijão!

Fernanda disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Fernanda disse...

SOS Sonia de novo! rs... sozinha em pais estrangeiro é dureza, não tem uma avo, nem uma tiazinha perto pra poder instruir a gente... olha so, Sonia, a coalhada acabou dando certo sim depois de algum tempo, mas achei o gosto muito mais proximo de queijo, e muito, mas muito acido. Comi tudo mas sem gostar muito. Então resolvi fazer o iogurte, usando um iogurte biphilus + acidophilus que compro na lojinha Bio aqui perto. Nossa, menina... se eu tivesse descoberto isso antes... ficou uma MARAVILHA! Eu tenho que me controlar pra não comer muito! Mas ai eu tenho algumas duvidas, como por exemplo, a textura. O meu iogurte ficou cremoso, assim, bem liquido mesmo. Tem problema? Ficou com umas pelotinhas no fundo, o que me leva a crer que eu misturei muito mal o iogurte no leite, mas ainda assim esta uma delicia. O uncio detalhe é esse: ficou tão cremoso/liquido que foi impossivel separar o soro...

Fernanda disse...

esqueci de completar essa outra questão: vale misturar as berries (mirtille, amora, framboesa) no iogurte?

Sonia Hirsch disse...

Oi, Fernanda, iogurte nesse caso só puro (leia o livro!), e sobre a textura, bem, a cada vez você vai ter uma experiência nova, dependendo da interação de todos os elementos envolvidos, inclusive a temperatura e a duração da fermentação. Um abraço!

ELIAS AZEVEDO TEIXEIRA disse...

Leite de cabra puro tel.22430735.
Quissamã Petrópolis - RJ.
mais de 10 litros entrego em domicílio em um raio de 5 kilômetros. preço R$ 5,00 o litro.

Candidíase.ORG disse...

Caramba, Sonia.

Ótimas as suas dicas por aqui! Estamos montando nosso site sobre Candidíase e certamente vamos aproveitar algumas receitas suas para acrescentar nossos futuros artigos sobre Probióticos no tratamento da infecção.

Obrigado pelas ótimas dicas e já estamos te acompanhando por aqui! :)

Livia disse...

Olá Sônia, por favor, preciso de um help. Tava lendo que não dá pra fazer coalhada com leite comum pois ele não azeda, uma vez que até formol é colocado no processo. Infelizmente, onde moro não consigo encontrar nenhum lugar que tenha leite orgânico. Daí, pensei em fazer a coalhada com aquele leite de saquinho, cuja a validade é bem curtinha. Além disso, no livro informa uma receita com leite pasteurizado. Enfim, minha pergunta é: o leite de saquinho é uma alternativa melhor para quem não tem acesso ao leite orgânico? Grande abraço!

Livia disse...

Ah, e meu nome é Lívia (a pessoa que fez o post acima). :-)

Sonia Hirsch disse...

Oi, Lívia, o leite de saquinho é o pasteurizado, já fiz coalhada e iogurte com ele. Não acidifica tão bem, mas funciona. Um abraço... e força nas tranças! ;-)

Livia Citrica disse...

Namastê Sônia! Eu convivo com a cândida e venho buscando minha cura há um tempo. Comprei o seu livro e sempre testo suas receitas. Evito leite e derivados porque me provoca um muco forte, renite e afeta minha endometriose (que atualmente está bem controlada). Mas ultimamente tenho tido vontade de testar o iogurte probiótico. Tenho um portador que pode me trazer iogurt starters dos estados unidos, você indicaria alguma marca?
Creio que, associando com gengibre ou outro tempero picante posso reduzir o muco, que você acha?

Forte abraço, Livia Nery (Salvador-BA).

Sonia Hirsch disse...

Oi, Livia, não tenho marca pra recomendar; pra mim, iougurte não dá mais de jeito nenhum. Há um bom trabalho da Natasha Trenev com starters. Os dela são bem mais caros. Experimente e observe... Um abraço!

Norma disse...

Como fazer para me cadastrar neste blog?

Sonia Hirsch disse...

Oi, Norma, quando você posta um comentário aparece um quadradinho onde você pode assinalar que deseja receber comentários. É isso?

Anônimo disse...

bom dia Sonia, sou homem, tenho 42 anos, contrai esta porcaria de candidiase a cerca de 2meses, tomei comprimidos, usei pomadas, mas, nada!!..sabe, nem uma pequena melhora sequer, meu orgão genital esta com umas manchas, sabe, não sou conhecedor, mas, parecem manchas de fungos, eu acho..!..pra me controlar estou fazendo banhos com bicarbonato, as vezes com vinagre(que arde um pouco), e por ultimo com limão, que arde muito, neste nem aguentei por muito tempo, só que não vejo resultados, estou ficando desesperado, sem saber o que fazer, pois, já fui a dois urologistas e eles só sabem passar comprimidos e pomadas e estes não me ajudam em nada, este seu blogg, foi um achado, ainda não comecei nenhuma dieta, mas, talves comece a radical, mas começo a enchergar uma luz no fim do tunel, tantas pomadas passadas e nenhuma surte efeito, por ultimo passei uma pomada chamada CETOBETA, esta esta me me deixando louco com tanta vontade de coçar, eu gostaria de saber como posso proceder passo a passo na dieta radical para eu começar amanha mesmo.

Desde ja agradeço
n_fogaca@yahoo.com.br

Sonia Hirsch disse...

Puxa, entendo você.
O passo a passo está no livro Candidíase, a praga, que passei 8 meses escrevendo para oferecer um guia seguro, com cardápios e receitas, de modo que as pessoas empenhadas tenham sucesso.
Você o encontra em boas livrarias - a Saraiva, Cultura, da Vila e Travessa costumam ter - ou no site www.correcotia.com/compras , com frete grátis no Brasil.
Um abraço!

Unknown disse...

Olá Sonia,

Adoro os seus livros! Parabéns! Me mudei para Itaipava e tenho como conseguir leite cru direto de um produtor, que cuida das suas vaquinhas com muito carinho. Para fazer o iogurte com o biorich eu devo antes ferver o leite? Ou vc acha melhor eu fazer uma coalhada com as próprias bactérias do leite? Gratidão e beijos

Unknown disse...

Olá Sonia,

Adoro os seus livros! Parabéns! Me mudei para Itaipava e tenho como conseguir leite cru direto de um produtor, que cuida das suas vaquinhas com muito carinho. Para fazer o iogurte com o biorich eu devo antes ferver o leite? Ou vc acha melhor eu fazer uma coalhada com as próprias bactérias do leite? Gratidão e beijos

Sonia Hirsch disse...

Fernandah, você pode experimentar todas as formas de fermentar o leite, observar os resultados e tirar suas próprias conclusões. Um abraço!

Anônimo disse...

Oi Sônia,
Primeiro muito obrigada por disponibilizar todas essas informações, são realmente muito valiosas.
Fiquei com algumas dúvidas, como sei quando a candidiase é somente vaginal (monília) ou generalizada?
Caso seja somente vaginal também é necessário fazer a dieta ou somente tratar a área afetada?
Eu também queria saber se posso comer abacate na dieta, não encontrei essa informação?
Sou intolerante a lactose e faço o kefir de água, que é alimentado com açucar, você acha que posso tomar?
E outra questão a melância e a goiaba são frutas doces, não tem problema ingeri-las?

Muitas questões.....desculpa e desde já muito agradecida!
bjs
Nina.

Sonia Hirsch disse...

Nina, a candidíase sempre vem do intestino. É antes de mais nada um problema digestivo. Por isso a dieta funciona: a qualidade melhora em todas as mucosas.

Localmente, as ações são só para aliviar.

As frutas permitidas pelos especialistas que comsultei são goiaba e melancia, esta porque tem muita água. Experimente e observe. O abacate é alergênico, segundo o dr Barcellos (www.correcotia.com/cancer).

Quanto ao kefir, sou reticente. Como não existe boa literatura a respeito, e pessoalmente não me agrada o sabor, prefiro me abster.

O livro Candidíase, a praga, tem passo a passo, sugestões de cardápio, receitas e explicações bem estruturadas. Acho que seria útil. Um abraço!

Sarah disse...

Olá querida Sônia! Sou fã do seu trabalho e da maneira como escreve!
Queria tirar uma dúvida: comprei um leite que de tão orgânico o mesmo já virou coalhada na própria geladeira! Deixei ele cinco dias na tentativa de tirar a nata e fazer a minha própria manteiga, mas ele azedou e separou do soro. Vou dessorá-lo mais ainda e fazer um queijinho boursin, mas queria saber quanto tempo que dura na geladeira ( a coalhada também ), e se eu congelá-lo ele perde os lactobacillus ( eu comprei 15 l de leite, tenho muita coalhada pela frente, e estou com medo que estrague).
Muito obrigada pelo seu trabalho maravilhoso!
Um beijo e muita luz sempre!

Sarah disse...

Oi Sônia! Esqueci de perguntar mais uma coisa: é seguro dar a coalhada crua para o meu bebê de dois anos? Quero fazer um danoninhi saudável pra ele!
Obrigada!

Sonia Hirsch disse...

Sarah, virar coalhada na geladeira não quer dizer que tenha bons lactobacilos. Como eu só entro nesse assunto leiteiro devido à candidíase, e já publiquei o necessário, faço votos de que você seja feliz com essa imensidão de coalhada ou boursin. Quanto ao seu filhote, não sei responder; tudo vai depender de como ele reagirá. Experimente e observe. Um abraço!

Anônimo disse...

Oi, Sonia!
Quais marcas de iogurte você indica?
Tenho procurado nos supermercados mas, tirando o yakut (açúcar puro), tenho dificuldade de encontrar "lactobacilos vivos" escritos expressamente nas embalagens?
Tem outros nomes?
Acredito que o Activia tenha, mas é um iogurte que também tem açúcar.
Obrigada!